30 de julho de 2010
HEPATITE C
Tratamento para todos
Santa Catarina é o único Estado a garantir acesso gratuito a medicamentos da doença
Santa Catarina é o único Estado brasileiro que garante aos portadores de hepatite C o acesso gratuito aos medicamentos. A medida é o resultado de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF). Não cabe recurso. Até agora, o Sistema Único de Saúde (SUS) assegurava o tratamento – feito com Interferon Peguilado e Ribavirina – aos pacientes que sofriam do genótipo 1 da doença.
O tratamento foi considerado eficiente no controle dos outros dois genótipos, mas é caro. Cada ampola com o medicamento chega a custar R$ 1,3 mil. Um paciente precisa de quatro ampolas por mês, ficando o tratamento mensal em torno de R$ 5,2 mil.
A medida é válida somente para pessoas que moram em Santa Catarina.
Com a determinação, os pacientes que contraíram o genótipo 2 e 3 também têm o direito de receber os remédios. Considerada uma doença endêmica no país, a hepatite é dividida em tipos A, B, e C, e subdivida em outros tipos.
Enquanto em todo o mundo cerca de 170 a 190 milhões de pessoas estão infectadas, no Brasil, as estimativas chegam a 3,5% da população. Em Santa Catarina, o quadro é grave: estima-se que 2,1% dos catarinenses, 126 mil pessoas, tenham hepatite C. O número justifica que muitos pacientes tenham procurado o MPF para assegurar a medicação gratuita.
Três regiões estão no foco das atenções: o Litoral, Vale do Itajaí e o Oeste. Nos últimos 15 anos, Santa Catarina registrou 133 mortes por causa de hepatites virais. São 8,8 mortes por ano. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com o procurador da República Mauricio Pessuto, antes da recomendação entrar em vigor, alguns pacientes dos genótipos 2 e 3 conquistavam na Justiça o tratamento gratuito.
Na decisão, se resolveu que a medicação será acessível a todos os pacientes, mas a conservação dos remédios deverá ser feita pelo SUS. Para atender a demanda deverá ser ampliado o número de polos de aplicação de medicamentos injetáveis, que são postos de saúde de referência. Em Florianópolis, o local é o Hospital Nereu Ramos. Também ali são oferecidos medicamentos para tratamento de doenças como Aids e tuberculose.
O paciente deverá ir até a unidade de saúde para receber a vacina ou remédio e não poderá levá-lo para casa. Para ter acesso, é preciso ser encaminhado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Quem não conseguir o tratamento de graça, deve fazer uma denúncia no MPF. A União e o Estado podem pagar multa de R$ 10 mil por paciente que não receber a medicação.
angela.bastos@diario.com.br francine.cadore@diario.com.br
ÂNGELA BASTOS FRANCINE CADOREO tratamento foi considerado eficiente no controle dos outros dois genótipos, mas é caro. Cada ampola com o medicamento chega a custar R$ 1,3 mil. Um paciente precisa de quatro ampolas por mês, ficando o tratamento mensal em torno de R$ 5,2 mil.
A medida é válida somente para pessoas que moram em Santa Catarina.
Com a determinação, os pacientes que contraíram o genótipo 2 e 3 também têm o direito de receber os remédios. Considerada uma doença endêmica no país, a hepatite é dividida em tipos A, B, e C, e subdivida em outros tipos.
Enquanto em todo o mundo cerca de 170 a 190 milhões de pessoas estão infectadas, no Brasil, as estimativas chegam a 3,5% da população. Em Santa Catarina, o quadro é grave: estima-se que 2,1% dos catarinenses, 126 mil pessoas, tenham hepatite C. O número justifica que muitos pacientes tenham procurado o MPF para assegurar a medicação gratuita.
Três regiões estão no foco das atenções: o Litoral, Vale do Itajaí e o Oeste. Nos últimos 15 anos, Santa Catarina registrou 133 mortes por causa de hepatites virais. São 8,8 mortes por ano. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com o procurador da República Mauricio Pessuto, antes da recomendação entrar em vigor, alguns pacientes dos genótipos 2 e 3 conquistavam na Justiça o tratamento gratuito.
Na decisão, se resolveu que a medicação será acessível a todos os pacientes, mas a conservação dos remédios deverá ser feita pelo SUS. Para atender a demanda deverá ser ampliado o número de polos de aplicação de medicamentos injetáveis, que são postos de saúde de referência. Em Florianópolis, o local é o Hospital Nereu Ramos. Também ali são oferecidos medicamentos para tratamento de doenças como Aids e tuberculose.
O paciente deverá ir até a unidade de saúde para receber a vacina ou remédio e não poderá levá-lo para casa. Para ter acesso, é preciso ser encaminhado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Quem não conseguir o tratamento de graça, deve fazer uma denúncia no MPF. A União e o Estado podem pagar multa de R$ 10 mil por paciente que não receber a medicação.
angela.bastos@diario.com.br francine.cadore@diario.com.br
valeu pela informação,me ajudo muinto
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